Importante - Orientações para trabalho individual
Moderadores: Albino Magalhães, Andreia Lemos, António Pinheiro
- Afonso Alves
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Importante - Orientações para trabalho individual
Cumprimentos colegas
Este tópico destina-se à exposição de orientações que julgo serem importantes para o trabalho a desenvolver por cada um dos instrumentistas, para além dos ensaios previstos.
A partir de hoje e até ao concerto recomendo a leitura deste tópico, pois é aqui que manterei contacto com todos os colegas que integram o quadro da BF.
Qualquer dúvida ou questão deve ser colocada:
- neste tópico se for de interesse geral
- por mp quando do interesse individual
Que a Música continue a fazer parte das vossas vidas
Afonso Alves
Este tópico destina-se à exposição de orientações que julgo serem importantes para o trabalho a desenvolver por cada um dos instrumentistas, para além dos ensaios previstos.
A partir de hoje e até ao concerto recomendo a leitura deste tópico, pois é aqui que manterei contacto com todos os colegas que integram o quadro da BF.
Qualquer dúvida ou questão deve ser colocada:
- neste tópico se for de interesse geral
- por mp quando do interesse individual
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Afonso Alves
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Abertura
ABERTURA
Tendo em atenção que se trata de uma incursão no universo espacional, o rigor rítmico é fundamental.
A leitura dos papeis não deve de forma alguma prejudicar a evolução da coreografia que, embora simples, deve ser executada com precisão, pelo que peço o estudo assíduo dos papeis A5.
Segue-se resumo da estrutura a ter em conta para interpretação espacional:
1 - Com o palco deserto, um percussionista a designar no estágio desloca-se do fundo do auditório para o palco em marcação de marcha, chamando a atenção do público. Já no palco, os outros percussionistas juntam-se-lhe, iniciando um diálogo rítmico desordenado que se transformará no desenho indicado no comp. 1.
2 - No estágio serão formados 2 grupos de metais, cada um com: 1, 2, 3, trompetes; trompas; 1, 2, trombones; bombardino; tuba. Cada um dos grupos deslocar-se-á desde as portas laterais do auditório até aos extremos opostos do palco, ao nível dos espectadores, sendo nesse local que interpretará o tema. O movimento inicia-se com a intervenção da percussão, posicionada no palco. Permanecem até compasso 63.
3 - No estágio serão formados 2 grupos de madeiras, cada um com: flautas, 1, 2, 3, clarinetes; (sax-sopr) sax-alto; sax-tenor (sax-barit). Posicionados nos bastidores à esquerda e à direita, iniciam o movimento no compasso 9 em direcção ao centro do palco, onde formarão 2 filas.
Permanecem até compasso 63.
4 - Metais juntam-se a madeiras no palco. Quinteto executa 2º tema ao fundo do auditório. (comp. 64) É importante criar cumplicidade quanto à pulsação e equilibrio.
5 - O tutti no palco executa 3º tema (comp. 84).
Alguns instrumentistas, a designar no estágio, irão receber o quinteto que entretanto se deslocará para o palco. Este movimento acontecerá entre os compassos 87 e 116.
6 - No comp. 117, com todos os instrumentistas em palco e em formação a indicar no estágio, o tema segue com o tutti até final.
Com esta introdução extra concerto, pretende-se recriar a história da BF, elegendo momentos como o nascer da ideia, a consolidação, o apelo, a reunião, o convívio, a disponibilidade para receber novos colegas, os concertos e o espírito uno.
Boa sorte no estudo
Afonso Alves
Tendo em atenção que se trata de uma incursão no universo espacional, o rigor rítmico é fundamental.
A leitura dos papeis não deve de forma alguma prejudicar a evolução da coreografia que, embora simples, deve ser executada com precisão, pelo que peço o estudo assíduo dos papeis A5.
Segue-se resumo da estrutura a ter em conta para interpretação espacional:
1 - Com o palco deserto, um percussionista a designar no estágio desloca-se do fundo do auditório para o palco em marcação de marcha, chamando a atenção do público. Já no palco, os outros percussionistas juntam-se-lhe, iniciando um diálogo rítmico desordenado que se transformará no desenho indicado no comp. 1.
2 - No estágio serão formados 2 grupos de metais, cada um com: 1, 2, 3, trompetes; trompas; 1, 2, trombones; bombardino; tuba. Cada um dos grupos deslocar-se-á desde as portas laterais do auditório até aos extremos opostos do palco, ao nível dos espectadores, sendo nesse local que interpretará o tema. O movimento inicia-se com a intervenção da percussão, posicionada no palco. Permanecem até compasso 63.
3 - No estágio serão formados 2 grupos de madeiras, cada um com: flautas, 1, 2, 3, clarinetes; (sax-sopr) sax-alto; sax-tenor (sax-barit). Posicionados nos bastidores à esquerda e à direita, iniciam o movimento no compasso 9 em direcção ao centro do palco, onde formarão 2 filas.
Permanecem até compasso 63.
4 - Metais juntam-se a madeiras no palco. Quinteto executa 2º tema ao fundo do auditório. (comp. 64) É importante criar cumplicidade quanto à pulsação e equilibrio.
5 - O tutti no palco executa 3º tema (comp. 84).
Alguns instrumentistas, a designar no estágio, irão receber o quinteto que entretanto se deslocará para o palco. Este movimento acontecerá entre os compassos 87 e 116.
6 - No comp. 117, com todos os instrumentistas em palco e em formação a indicar no estágio, o tema segue com o tutti até final.
Com esta introdução extra concerto, pretende-se recriar a história da BF, elegendo momentos como o nascer da ideia, a consolidação, o apelo, a reunião, o convívio, a disponibilidade para receber novos colegas, os concertos e o espírito uno.
Boa sorte no estudo
Afonso Alves
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Na minha opinião não deve haver áreas restritas.
Os membros do forum devem ser todos priveligiados. não apenas os que, pontualmente, fazem parte da banda que é do forum e existe por causa do forum. E não o contrário.
Pede-se portanto descrição a todos os membros do forum sobre este assunto, pois só assim terá graça.
É só uma opinião.
Antero.
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É só uma opinião.
Antero.
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Memórias do Povo
Memórias do Povo
C8 - o andamento é leve e com pulsação mais rápida do que o indicado por forma a que a linha melódica na letra A apareça com fluidez
C29 - a repetição deve contrastar com a repetição em C38 tendo em atenção as articulações empregues
C47 - interpretar como legato e rubato até C55, onde adopta tom jocoso
C60 - decisão e movimento é o que se pretende
C63 - o piano dá inicio a um quadro despreocupado e equilibrado.
C100 - que os ff não sejam sinónimo de agressividade. É importante e perceptibilidade da percussão
C118 - preparar o rall. em C122 que diminui ainda em suspensão.
C126 - é a ponte para o solo, pulsação lenta a 3, quase rubato entre C134 e C137
C144 - entender as linhas harmónicas como um tapete suave para o solista caminhar. Relevo para as intervenções na percussão, que contudo deverão permanecer discretas. Recomendo ao solista uma leitura flexível, já que uma leitura in loco resulta numa interpretação demasiado técnica
C184 - procurar afirmar a 2ª parte do 1º tempo até C211. O tratamento temático passa por nuances rítmicos e tímbricos na percussão, portanto atenção para os percussionistas
C215 - criar uma linha de tenção até C230. Metais devem destacar bem cada um dos sons, mas subordinar as intensidades.
C231 - aqui é o pico da tensão criada, sendo extremamente importante o equilíbrio
C237 - diminuir mas não deixar criar buraco para C238. Ao 3º t perc. 1 como complemento, decidido
C239 - retoma da linha de tenção em allegro
C245/C246 - o movimento de fecho da suspensão em C245 indica simultaneamente a execução para a percussão em C246
C254 - a partir deste comp. seguem-se vários comps. de espera, a definir em ensaio, à excepção da percussão que executa o ciclo rítmico de 4 comp. entre C261/C264. Com a minha indicação fazemos o tutti em C265 e segue
C265 - todas as exposições devem ser leves, notas destacadas, intimamente ligadas à percussão
C298 - o domínio da melodia pelos trompetes deve-se revestir de vivacidade e até, se quiserem, de um ar vaidoso. Ajustar equilíbrio com trombones. 1º + 2º clar + S.Sopr. devem expor nitidamente o desenho, já adivinhando o tema seguinte em C332
C332 até C353 - o fado popular. Uma bela melodia melancólica, enriquecida com duetos. Talvez o seguinte quadro ajude a obter o efeito pretendido: ao final da tarde, pela fresca, o camponês regressa a casa, despreocupado, assobiando ou cantando uma melodia que por certo lhe traz recordações amorosas. Por breves momentos vê-se de braço dado com o sua amada, como no domingo em que foi à missa, e sente-se feliz por isso. Os solistas podem utilizar rubato e intensidades estéticas. A dinâmica para o acompanhamento mantem-se.
C366 - Movimento a 3, esqueçam os viras e as valsas. Pensem numa interpretação em legato, refrescante e boémia. A elegancia deve imperar, tanto na exposição coma na reexposição do tema
C397 - as mesmas recomendações de C265. A imitação do tema por saxten, trompas, trombs, deve ser um elemento contrapontístico e não uma afirmação temática. Sempre subordinada
C418 - a percussão tem especial importancia, procurar interiorizar o desenho pretendido, e enquadra-lo com o desenho que consiga maior preenchimento do compasso. Analisem por favor os bongos perc. 1 e encontrem o enquadramento para todos os instrumentos. Depois ajustaremos a pulsação à inteligibilidade do conjunto.
Até final o andamento torna-se mais apressado, mas que isso não seja sinónimo de intensidades demasiado fortes. O pico de intensidade encontra-se em C503
C536 - a partir daqui indico todas as figuras, não existindo um rigor metronómica para a execução
Estes são os aspectos que julgo poderem ser melhorados, resultando numa óptima interpretação
Boa sorte no estudo
Afonso Alves
C8 - o andamento é leve e com pulsação mais rápida do que o indicado por forma a que a linha melódica na letra A apareça com fluidez
C29 - a repetição deve contrastar com a repetição em C38 tendo em atenção as articulações empregues
C47 - interpretar como legato e rubato até C55, onde adopta tom jocoso
C60 - decisão e movimento é o que se pretende
C63 - o piano dá inicio a um quadro despreocupado e equilibrado.
C100 - que os ff não sejam sinónimo de agressividade. É importante e perceptibilidade da percussão
C118 - preparar o rall. em C122 que diminui ainda em suspensão.
C126 - é a ponte para o solo, pulsação lenta a 3, quase rubato entre C134 e C137
C144 - entender as linhas harmónicas como um tapete suave para o solista caminhar. Relevo para as intervenções na percussão, que contudo deverão permanecer discretas. Recomendo ao solista uma leitura flexível, já que uma leitura in loco resulta numa interpretação demasiado técnica
C184 - procurar afirmar a 2ª parte do 1º tempo até C211. O tratamento temático passa por nuances rítmicos e tímbricos na percussão, portanto atenção para os percussionistas
C215 - criar uma linha de tenção até C230. Metais devem destacar bem cada um dos sons, mas subordinar as intensidades.
C231 - aqui é o pico da tensão criada, sendo extremamente importante o equilíbrio
C237 - diminuir mas não deixar criar buraco para C238. Ao 3º t perc. 1 como complemento, decidido
C239 - retoma da linha de tenção em allegro
C245/C246 - o movimento de fecho da suspensão em C245 indica simultaneamente a execução para a percussão em C246
C254 - a partir deste comp. seguem-se vários comps. de espera, a definir em ensaio, à excepção da percussão que executa o ciclo rítmico de 4 comp. entre C261/C264. Com a minha indicação fazemos o tutti em C265 e segue
C265 - todas as exposições devem ser leves, notas destacadas, intimamente ligadas à percussão
C298 - o domínio da melodia pelos trompetes deve-se revestir de vivacidade e até, se quiserem, de um ar vaidoso. Ajustar equilíbrio com trombones. 1º + 2º clar + S.Sopr. devem expor nitidamente o desenho, já adivinhando o tema seguinte em C332
C332 até C353 - o fado popular. Uma bela melodia melancólica, enriquecida com duetos. Talvez o seguinte quadro ajude a obter o efeito pretendido: ao final da tarde, pela fresca, o camponês regressa a casa, despreocupado, assobiando ou cantando uma melodia que por certo lhe traz recordações amorosas. Por breves momentos vê-se de braço dado com o sua amada, como no domingo em que foi à missa, e sente-se feliz por isso. Os solistas podem utilizar rubato e intensidades estéticas. A dinâmica para o acompanhamento mantem-se.
C366 - Movimento a 3, esqueçam os viras e as valsas. Pensem numa interpretação em legato, refrescante e boémia. A elegancia deve imperar, tanto na exposição coma na reexposição do tema
C397 - as mesmas recomendações de C265. A imitação do tema por saxten, trompas, trombs, deve ser um elemento contrapontístico e não uma afirmação temática. Sempre subordinada
C418 - a percussão tem especial importancia, procurar interiorizar o desenho pretendido, e enquadra-lo com o desenho que consiga maior preenchimento do compasso. Analisem por favor os bongos perc. 1 e encontrem o enquadramento para todos os instrumentos. Depois ajustaremos a pulsação à inteligibilidade do conjunto.
Até final o andamento torna-se mais apressado, mas que isso não seja sinónimo de intensidades demasiado fortes. O pico de intensidade encontra-se em C503
C536 - a partir daqui indico todas as figuras, não existindo um rigor metronómica para a execução
Estes são os aspectos que julgo poderem ser melhorados, resultando numa óptima interpretação
Boa sorte no estudo
Afonso Alves
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Fantasia Ligeira
Fantasia Ligeira
Esta composição do nosso colega Antero Ávila merece um tratamento especial. A sua grande flexibilidade em termos de escrita permite, nesta obra, interpretações muito subjectivas dependendo do estado de espírito tanto de quem toca como de quem dirige. Baseado no conhecimento que fui adquirindo acerca desta peça, aconselho:
C1 - Movimento vigoroso. A nota acentuada não deverá ser demasiado curta. Devemos ouvi-la como se existisse reverberação.
C11 - Piano subito. Saxbar, trombs, bombard. tuba, devem iniciar o movimento de forma decidida, aguardando o desenvolvimento nos agudos antes de caminhar gradualmente para o mp em C21.
C21 - não é necessário empregar força, pois a intensidade aparece naturalmente com o bloco instrumental. Especial relevo para as articulações ligadas e picadas para que constituam um bom contraste auditivo
C29 - o crescendo é apenas para evidenciar o discurso que caminha para um registo mais agudo.
C36 - o decrescendo conduz-nos a um piano em C38 que será ponto de partida para novo crescendo
C41 - crescendo que poderá ser algo exagerado para conseguir efeito contrastante com C11 ou C43
C62 - o sfz no 1º trompete tem carácter dominante, mas deverá estar perfeitamente enquadrado com as trompas
C77 - com rigor metronómico, tudo deve ser interpretado como se de uma brincadeira se tratasse. Ter em atenção a articulação das figuras e a intensidade reduzida, mesmo nos compassos conclusivos C93 a C97
C98 - Andamento lento e expressivo. Peço a atenção dos colegas para a direcção. O rubato e a alternância de intensidades serão algumas das técnicas que irei utilizar para a exposição do discurso musical. Este andamento só irá resultar se ouvir uma grande cumplicidade entre todos os intervenientes, passando pelo equilíbrio e pela cedência dos momentos. Quero com isto dizer que numa conversa é preciso saber falar mas também saber ouvir.
C115 - especial relevo para a 1ª trompa que deverá expor a frase em legato e bem presente
C140 - percussão marcante, dominando o movimento. Oboé, trompas, 1º trompete, interpretar com unidade, destacando suavemente os sons
C154 - o mesmo que em C1
C173 - o mesmo que em C77 até C186
C217 - Criar um clima de expectativa até C222. 1º trompete o mesmo que C62
C223 - considero que este é o momento capaz de surpreender mais em toda a obra. Depois de um crescendo que pretendo seja intenso, não se passa nada de grandioso, mas sim uma recuperação dos momentos iniciais em piano. Irá resultar muito bem se todos os colegas estiverem a imaginar o piano súbito em C223 antes de lá chegarem.
C228 - crescendo novamente para o forte conclusivo em C235. Gostaria que o pico de intensidade acontecesse apenas em C245
Finalmente, colegas, resta dizer que se trata de uma obra exigente não tanto do ponto de vista de dificuldade técnica, mas sim no aspecto da comunicação que deve existir entre os instrumentistas e entre estes e o maestro. Vejo aqui conceitos da BF: partilha, convívio, unidade, cumplicidade
Boa sorte no estudo
Afonso Alves
Esta composição do nosso colega Antero Ávila merece um tratamento especial. A sua grande flexibilidade em termos de escrita permite, nesta obra, interpretações muito subjectivas dependendo do estado de espírito tanto de quem toca como de quem dirige. Baseado no conhecimento que fui adquirindo acerca desta peça, aconselho:
C1 - Movimento vigoroso. A nota acentuada não deverá ser demasiado curta. Devemos ouvi-la como se existisse reverberação.
C11 - Piano subito. Saxbar, trombs, bombard. tuba, devem iniciar o movimento de forma decidida, aguardando o desenvolvimento nos agudos antes de caminhar gradualmente para o mp em C21.
C21 - não é necessário empregar força, pois a intensidade aparece naturalmente com o bloco instrumental. Especial relevo para as articulações ligadas e picadas para que constituam um bom contraste auditivo
C29 - o crescendo é apenas para evidenciar o discurso que caminha para um registo mais agudo.
C36 - o decrescendo conduz-nos a um piano em C38 que será ponto de partida para novo crescendo
C41 - crescendo que poderá ser algo exagerado para conseguir efeito contrastante com C11 ou C43
C62 - o sfz no 1º trompete tem carácter dominante, mas deverá estar perfeitamente enquadrado com as trompas
C77 - com rigor metronómico, tudo deve ser interpretado como se de uma brincadeira se tratasse. Ter em atenção a articulação das figuras e a intensidade reduzida, mesmo nos compassos conclusivos C93 a C97
C98 - Andamento lento e expressivo. Peço a atenção dos colegas para a direcção. O rubato e a alternância de intensidades serão algumas das técnicas que irei utilizar para a exposição do discurso musical. Este andamento só irá resultar se ouvir uma grande cumplicidade entre todos os intervenientes, passando pelo equilíbrio e pela cedência dos momentos. Quero com isto dizer que numa conversa é preciso saber falar mas também saber ouvir.
C115 - especial relevo para a 1ª trompa que deverá expor a frase em legato e bem presente
C140 - percussão marcante, dominando o movimento. Oboé, trompas, 1º trompete, interpretar com unidade, destacando suavemente os sons
C154 - o mesmo que em C1
C173 - o mesmo que em C77 até C186
C217 - Criar um clima de expectativa até C222. 1º trompete o mesmo que C62
C223 - considero que este é o momento capaz de surpreender mais em toda a obra. Depois de um crescendo que pretendo seja intenso, não se passa nada de grandioso, mas sim uma recuperação dos momentos iniciais em piano. Irá resultar muito bem se todos os colegas estiverem a imaginar o piano súbito em C223 antes de lá chegarem.
C228 - crescendo novamente para o forte conclusivo em C235. Gostaria que o pico de intensidade acontecesse apenas em C245
Finalmente, colegas, resta dizer que se trata de uma obra exigente não tanto do ponto de vista de dificuldade técnica, mas sim no aspecto da comunicação que deve existir entre os instrumentistas e entre estes e o maestro. Vejo aqui conceitos da BF: partilha, convívio, unidade, cumplicidade
Boa sorte no estudo
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Estantes
Cumprimentos colegas
A exemplo do ensaio anterior, peço que levem para o estágio as estantes amovíveis dos instrumentos.
Afonso Alves
A exemplo do ensaio anterior, peço que levem para o estágio as estantes amovíveis dos instrumentos.
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