Que momentos repletos de júbilo e incandescente beleza:
1. O meu Renault Clio com o banco de trás baixado e a mala cheia de mochilas, sacos-cama, tuperwares de sandes de coirato e gaitas até ao tejadilho (éramos 9 para 3 carros!);
2. O apagão que deu nos multibancos da zona da Mealhada na 6.a feira, estava a ver que nem dinheiro para o gasol tínhamos;
3. A grande aventura na tentativa de encontrar o Conservatório e, mais à noite, o pavilhão;
4. Ah, o pavilhão! As risotas, os duches frios/quentes, as flatulências retais e estomacais
, o discurso de um participante para calar os barulhentos que acabou por acordar os mais adormecidos (adoro o discurso nortenho que inclua sotaque e palavras bonitas), o divinal roncar de outro participante, bastante peculiar...5. Dormir uma horita, parecendo que foram umas 6 ou 7;
6. O copo de galão cheio estatelado no chão d'O Nosso Lar
; ah Marcelo!7. A preocupação desmesurada do Paulo quando dizíamos: "Ia ali um indivíduo com um estojo igual ao da tua trompete. Seria a tua?" - eheh é assim mesmo!
8. A tasca maravilhosa que descobrimos perto da Casa da Música, onde me deliciei com uma boa sandes de panado e duas Boques!;
9. O fantástico concerto da Let's e as maravilhosas piadas secas do Tony. Olha, entretanto inventámos outra. Pega aí: Um músico era tão moinante, adorava sair e divertir-se à noite. Por isso, em vez de um diapasão, comprou um NOITEPASÃO!; Ai tão... ressequida esta!
10. O maravilhoso clarinete Consolat cor-de-laranja, que me calhou, que me entregaram no domingo de manhã, que mo retiraram outra vez, que desapareceu misteriosamente na Casa da Música, que reapareceu um minuto antes do início da segunda parte do concerto, que me foi entregue solenemente, mas não tive vontade de o abrir para mostrá-lo ao público!
E a lista não terminava.
Não terminava porque é o espírito filarmónico que se enaltece! Que se pavoneia perante uma Casa da Música elitista. Que justifica o amor à causa que cada um de nós sente. Que corre nas nossas veias carregadas de filarmonia e desprovidas de snobismo e excentricidade...
Foi um concerto ímpar. Capaz de catapultar o movimento filarmónico "mais alto e mais além". E isso a mim causa-me nobre emoção. E decapita-me o pulsar de possíveis ou impossíveis palavras para uma descrição eficaz.
Venha o próximo.
(brincadeira.... sem qualquer desprestigio para aquele sotaque... provavelmente, o Diogo também acha o nosso diferente e engraçado, tal como nós achamos o dele) 
