Sociedade Filarmónica Silvense

No ano de 1842 surgiu em Silves e pela primeira vez uma Banda Filarmónica, foi a -Filarmónica do Guerreiro-, criada e Regida pela Família do respectivo topónio, onde a mesma viveu até 1865. Pelo Carnaval de 1869, nascia uma nova Banda a -Filarmónica dos Fraldas-, criada por alguns cidadãos progressistas que saíram à rua simplesmente de fraldas, dirigiram essa Banda: Salvador Gomes Vilarinho, António Caldas, Vicente de Almeida e depois Henrique Rocha (filho) que substituíra Vicente de Almeida, como Regente. Das rivalidades políticas entre o Partido Progressista e o Partido Regenerador, surgiu uma segunda banda, foi a -Filarmónica dos Moleiros-, que teve na sua origem Gregório Mascarenhas.

Também se vestiam de fraldas, mas estas eram verdes e vermelhas e daí lhe adveio o rótulo de -Os Periquitos-. Foi dirigida por Henrique Rocha (pai) e José da Cruz Guerreiro. Não foram fáceis nem pacíficos esses anos, porque sempre que estas duas Bandas, que representavam duas Indústrias ( as Caldas e as Mascarenhas), se cruzavam nas ruas, havia pancadaria, tal era a rivalidade.

Entretanto, paralelamente às duas rivais, nasceu ainda um Grupo de Ocarinas, instrumento musical feito de barro, cujo som é idêntico ao da flauta. Esse grupo cultivou pela primeira vez em Silves este instrumento.

O revirar do século e a crise das fábricas que originaram as duas Bandas, marcou o fim da Caldas em 1906 e da Mascarenhas em 1910. Mas enquanto umas morriam, uma nova Banda já tinha nascido em 1908 a -Orquestra Freire-, era uma orquestra de instrumentos de corda e teve como Regente Henrique Rocha (Júnior), pianista que actuava na Sociedade Vilarinho. A Orquestra Freire sobreviveu até ao surgimento do cinema sonoro.

As Bandas em Silves cultivaram-se e prosperaram, e embora não haja registos, entre os anos 1865-1869 e 1910-1912 sabe-se que nos primeiros anos da República Portuguesa a -Sociedade de Classe- adquiriu instrumentos musicais das anteriores Bandas e criou uma Filarmónica que ia funcionando, embora com carências. Também a -Sociedade de Classe- se extinguiu, mas a Filarmónica não morreu e aprovou os seus estatutos em 1933 com o nome SOCIEDADE FILARMÓNICA SILVENSE. E assim nasceu a actual Banda Filarmónica que tem sobrevivido a tudo
e a todos, chegando aos nossos dias, com a esperança de ainda ter muitos anos à sua frente.

Viveu durante várias décadas no Teatro Gregório Mascarenhas, e tem agora a sua sede provisória na Rua Policarpo Dias, 41 em Silves, enquanto aguarda pela concretização do sonho de possuir uma sede própria.

Já teve um Rancho Folclórico, nascido em 1981 da sua componente etnológica, versando e divulgando cantares e danças de Silves e do Algarve. Faz Parte desta Sociedade O Grupo de Teatro Amador -O Gruta- datado de 1981, cujo prestígio tem sido evidente na promoção artística e teatral.

Mais recentemente, em Novembro de 1998, foi criado o Grupo Coral da Sociedade Filarmónica Silvense. Todos são amadores: músicos, actores e cantores. Todos eles actuam pelo espírito do serviço, pelo prazer, pela arte e pela cultura.

Em 2003 a Banda desta sociedade conta com 48 músicos e tem como Regente o Sr. José António Flosa que também é professor da nossa Escola de Música que conta com vários aprendizes.


Dados da Banda

Morada: Rua Policarpo Dias, 41- Apartado 261
CP: 8300-176 SILVES
Telefone: 282442686 - 282088332 Faxe: 82445372
E-mail: filarmonica.silves@portugalmail.pt
Website: