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Filarmónica Ressurreição de Mira
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O percurso da Banda de Mira é feito de altos e baixos, e sem certezas absolutas da data da sua fundação, o facto é que em 1870 já existiam duas Bandas em Mira que tocavam a despique, ou seja, a Banda Velha e a Banda Nova de Mira. Este facto leva-nos a supor ter havido décadas antes uma só Banda, e talvez devido a algumas desavenças, desuniram-se dando origem às duas Bandas já referidas, segundo pesquisas efectuadas.
Também segundo relatos da época “in jornal de Cantanhede”, em 16 de Setembro de 1894, no lugar de Portomar, na festa de Nª Sª de Carmo, tocaram a despique as duas Bandas de Mira, sendo a velha dirigida pelo Sr. Eduardo Branco Alvares e a Nova pelo Sr. Brado Pinto Camello, prova cabal da existência dessas duas Bandas de Musica.
Com instrumental velho, sem rigor no fardamento, e com músicos já de uma certa idade, dá-se a primeira interrupção das Bandas que ocorre entre 1894 e 1912.
No entanto, um grupo formado por 27 músicos já idoso, das duas Bandas, junta-se para formar em 1912 a Banda Filarmónica de Mira, segundo fotografia existente.
Posteriormente passa a designar-se Banda Filarmónica Ressurreição de Mira, pelo facto de ter votado a executar musica no dia da Ressurreição (Páscoa).
Para além de registos de actas e outros elementos, também um recorte de jornal refere já a existência do nome “Ressurreição de Mira” em 1920/1930.
A fusão das duas bandas tinha resultado em pleno, e esta batia-se com garbo e sabedoria, com algumas Bandas de renome, sendo que vários foram os êxitos somados nas décadas seguintes, sob a batuta de vários e conceituados maestros.
Como todas as suas congéneres, passa por várias dificuldades, tendo sempre alguns amigos que foram teimando em levar para a frente a sua querida Filarmónica.
Vigário Caravela, Manuel Marques Sargento, Benjamim Marques Sargento, Abilio Marques de Oliveira, Victorino Rocha, Manuel dos Santos Madaíl, Baptista Miranda Quitério, César Miranda Baptista, César Maltês, João da Rocha Jarró, Moisés dos Santos, João Violeta, João Rodrigues Távora, João Maria Marques de Oliveira e outros, são os corajosos que na década de 40/50, não baixaram os braços para que a sua Banda progredisse.
Apesar de haver músicos e directores empenhados e dedicados, o facto é que com a sala de ensaio em ruínas, sem vidros e sem verba para a manutenção e reparação do instrumental, as condições não eram as melhores e entre 1959/1977 surge nova paragem da Banda.
Em 1977, por iniciativa do Sr. Homero da Rocha Gabriel, à data Presidente da Casa do Povo, é convidado a reorganizar a Banda o Sr. João Marques de Oliveira (João da Barreta, que já tinha antes dirigido a Banda), sendo que, no espaço de seis meses, esta surge a abrilhantar a Festa da Praia de Mira no dia 8 de Dezembro, com arruada, procissão e já com 28 elementos.
Graças à garra, vontade e determinação de todos, em 1981 foi possível fazer-se a 1º gravação em fita magnética, ainda existente (embora um pouco destorcida) percorrendo a mesma alguns cantos do mundo, reforçando assim o elo entre os nossos emigrantes e a sua terra natal.
Em 2004 grava o seu 1º cd com o título “ Em…..Cantos de Mira” e em 2008 o 2º cd com o título “Show Time”.
Eduardo Branco Alvares, Brado Pinto Camello,Branco, Costa, Sr. Moura, Sr. Cardos, Jorge Augusto de Carvalho, José António Santos Silva (10º Sargento Musico do Exército), Carvalho, Adolfo Monteiro dosa Santos e Jara (Tenente chefe da Banda do Exército), Santos Silva, João Maria Marques de Oliveira, Manuel Ribeiro Caiado, e Francisco Manuel Relva Pereira ( Sargento Ajudante Musico do Exército), e o Prof. Jorge Paulo Margaça Domingues, são alguns dos maestros que dirigiram esta filarmónica.
Ao longo de mais de um século e meio de existência, tem sido o orgulho das gentes gandarezas, por onde tem levado a sua musica, obtendo igualmente a sua internacionalização em Espanha e França e participado nos mais diversos eventos culturais e musicais, como por exemplo, a Expo 98, Encontros de Bandas organizados pela Federação de Filarmónicas do Distrito de Coimbra, pelo Inatel, Recepção a Ministros, Secretários de Estado, Presidentes da República, acções efectuadas pela Câmara Municipal de Mira, participação no Filarmonia ao Mais Alto Nível no Europarque, Casino da Figueira da Foz e grandes Festas/romarias do país como é o caso da Senhora da Agonia em Viana do Castelo.
Desde Janeiro de 2014 a Direcção Artística está entregue ao Maestro Rodolfo Maia.
Actualmente a Banda é composta por 60 Filarmónicos com idades compreendidas entre os 7 e os 41 anos, cuja média etária é de 16 anos.
Presentemente a aposta primordial da Filarmónica Ressurreição de Mira é na formação de músicos, tendo assim uma Escola de Música com 50 alunos com idades compreendidas entre os 3 e 16 anos, garantindo por isso um futuro promissor.
Além da Banda Filarmónica e da Escola de Música, conta também com o Grupo de Música Sacra, que alegra as celebrações com cânticos que reflectem a juventude dos seus executantes e maestro.
Dados da Banda
Maestro: Paulo Margaça
Morada: Rua dos Bombeiros Voluntários
CP: 3070-331 MIRA
Telefone: 917 402 356
E-mail: geral@filarmonicamira.com
Website: http://www.filarmonicamira.com