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Banda Sinfónica da GNR acompanhou pianista invisual no Rivoli
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Quantas vezes nos parece que a música é muito difícil? E quantas vezes verificamos ou constatamos que afinal não é assim tão difícil, que é uma questão de motivação!?.. Se nos parece que, mesmo utilizando todos os sentidos, estudar uma partitura complicada é um quebra-cabeças, como será possível ao pianista Jorge Gonçalves que, impossibilitado de utilizar o sentido da visão, não só memoriza um concerto completo como o consegue tocar acompanhado por uma Banda Sinfónica com mais de 80 músicos, em perfeita simbiose? Parece impossível mas é verdade! É fenomenal! A oportunidade surgiu no passado domingo dia 3 de Julho de 2005, pelas 18H00, no Teatro Rivoli, no Porto. A quem esteve presente foi impossível ficar indiferente e guardará para sempre na memória o tempo que dedicou a assistir ao concerto. Foi estupendo ver o jovem pianista integrar-se na Banda, interagindo como se estivesse a ver o maestro, como se a ela pertencesse há longo tempo! Deixou muita gente emocionada. Foi um quadro inesquecível. A Banda Sinfónica da GNR, sob a direcção do Maestro Jacinto Montezo, abriu o concerto com “Ribatejo” de Frederico de Freitas. Seguiu-se o concerto para piano de Grieg onde foi protagonista o Jorge. Na segunda parte assistimos à “Scheherazade” de Rimsky-Korsakov e como extra programa a marcha “Pela lei e pela grei” de Raul Cardoso. Apesar de apresentar algumas lacunas em termos de quantidade de elementos – que serão colmatadas a curto prazo com a entrada de 25 jovens músicos “escolhidos à lupa” no último concurso - a Banda Sinfónica de GNR mantém um excelente nível artístico e, como vem sendo hábito, sempre surpreende o público nos seus concertos. Este não foi excepção. Foi um excelente concerto. A Banda Sinfónica da GNR é, provavelmente, o melhor “cartão de visita” da instituição e uma das melhores Bandas Sinfónicas que temos. Pena é, efectivamente, que não esteja disponível para todo o país como está para a região de Lisboa, onde qualquer das suas actuações nada custa à entidade que a solicita. Enquanto que, por exemplo, para o norte é extremamente oneroso solicitar à GNR um concerto pela sua Banda. Parece que não interessa à GNR o resto do país e até parece que a região de Lisboa tem carência de Bandas Militares e Orquestras como o resto de Portugal. Coisas...