De momento não existem eventos registados
Marcial em Perrães (Oiã)
Clique na imagem para ver o tamanho original
Oiã é uma freguesia portuguesa do concelho de Oliveira do Bairro, com 26,74 km² de área e 7 722 habitantes (2011). Oiã, que é a única localidade em Portugal a ter o seu nome apenas constituído só com vogais, tem mais de oitocentos anos, sendo que o primeiro documento que refere Oiã data do ano de 1220. Quanto à origem do seu nome, Oiã deriva de Oyana, nome ligado à cultura da oliveira. O seu étimo oleana que tem em sua raiz olea, assim dará a entender.
Actualmente Oiã é uma da freguesias mais populosas do distrito de Aveiro, sendo também uma das mais ricas e em próspero desenvolvimento. Este facto deve-se grandemente a alguns factores fundamentais. Contudo, a localização é o seu maior trunfo. Oiã está situado a 5Km da sede do Concelho, está a igual distância do nó de acesso à auto-estrada A1 (Aveiro Sul), a 18Km da cidade de Aveiro e 9Km da ligação à auto-estrada A17. Para além disso, Oiã possui uma estação e uma zona industrial em expansão.
Poder-se-á considerar que Oiã é já uma região suburbana. No âmbito associativo, Oiã prima pela diversidade das suas associações. O movimento associativo é enorme, abrangendo associações de carácter desportivo, cultural, recreativo e de interesse público.
Quanto ao futuro, está prevista a construção de infra-estruturas que permitirão à freguesia desenvolver-se de forma sustentada. Mas, de momento, a obra que mais se faz notar é a construção da nova sede da junta de freguesia, que é complementada por um auditório e uma biblioteca, tudo no mesmo edifício. O futuro está, assim, ao virar da esquina.
Um dos lugares da freguesia de Oiã é Perrães, uma aldeia situada nas proximidades dos rios Levira e Cértima, cuja padroeira é a Nossa Senhora das Febres, assim descrita por Armor Pires Mota no seu livro ‘Oiã, Terras e Gentes’: «Não chega a ter dois palmos e meio e tem o Menino ao colo do lado esquerdo, e do pequeno pedestal sobressaem alguns anjos, como se fosse Nossa Senhora da Assunção. A invocação de Nossa Senhora das Febres está intimamente relacionada com a existência do paludismo nas margens da Pateira, mal bastante endémico, ocasionando em várias épocas autênticas hecatombes. A Capela de Nossa Senhora das Febres era muito concorrida pelo povo, ido de várias partes para agradecer graças ou mendigar arrimo para os seus males, especialmente as febres palustres, uma vez que, em tempo de invernos a sério, as águas tudo inundavam e alagavam, transformando em pântanos e lodaçais as margens mais baixas dos ribeiros ou levadas que por aqui corriam e se espraiavam. Era um autêntico rodopio de devotos que cumpriam promessas, faziam novenas, pediam graças. Não havia terra à beira Cértima que não soubesse onde ficava aquele pequeno santuário, que dispunha de um pequeno alpendre a anteceder o templo, e onde havia no mínimo três imagens: Nossa Senhora das Febres, Nossa Senhora dos Inventos, e São Roque».
É aqui em Perrães e nas festividades em honra de Nossa Senhora das Febres, que a Banda Marcial marcará presença este ano, no próximo domingo, dia 8 de Setembro onde, em despique com a congénere Banda Nova de Fermentelos, actuará desde as 09.00 até à 01.00h.