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Num determinado momento da história do clarinete em Portugal, recente, alguém surgiu, vindo de uma filarmónica do Sul (Banda de Loures) que mudou tudo. Mudou a mentalidade dos clarinetistas, mudou a escola do clarinete, mudou a fórmula instituída sobre a qual todos os que estudavam e os que ensinavam clarinete se baseavam. Depois do seu aparecimento nada ficou como dantes. Quer como solista, quer como professor, quer como maestro, o impacto que causou, criou uma onda de choque tal, que tudo à sua passagem se foi alterando. Desde a Filarmónica à orquestra, a música em Portugal mudou com ele. Reconheceram-lhe no seio da família, desde pequeno - sapiência do seu pai - dotes invulgares para a música. Cedo se destacou nos círculos musicais por onde passou. No estrangeiro atingiu patamares de elevadíssimo prestígio. Foi convidado para recitais nas mais honrosas e prestigiantes salas de concerto do mundo. Marcou pontos a favor de Portugal nos quatro cantos do planeta. Abdicou de projectos internacionais de grande prestígio para se dedicar à escola e ao desenvolvimento do Clarinete no nosso país. Hoje, alguns dos seus alunos estão no ranking dos melhores da Europa e do mundo. Prestigiou de tal forma o clarinete em Portugal que ninguém por esse mundo fora tem dúvidas da qualidade dos nossos clarinetistas, que têm ganho inúmeros prémios em concursos internacionais. No próximo Clarinetfest 2005, no Japão, vão estar, pela primeira vez na história deste evento mundial relacionado com o Clarinete, nada mais nada menos que 6 alunos seus, convidados. Nunca, de um só professor, tantos alunos actuaram nesse evento. O Congresso Internacional de Clarinete é um evento único que conta com a participação dos mais prestigiados clarinetistas de todo o mundo. 6 Portugueses!! Ele estará lá também. Como maestro dirigiu alguns dos melhores artistas do mundo. Dirigiu e dirige orquestras de Sopro, de Clarinetes, Orquestras Sinfónicas, Opera, colabora na formação em direcção com Bandas Filarmónicas e dispõe-se para colaborar em todos os projectos que sejam válidos quer sejam em Orquestras, Bandas ou em escolas. Dinâmica é coisa que não lhe falta. António Saiote é a figura, que ascendeu de uma Filarmónica até ao topo da Orquestra pelo seu próprio "punho". Um exemplo de quão importantes somos nós, portugueses, embora pensemos que não... Em breve numa entrevista...no sítio do costume!