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Assistir a um concerto pela BSP, de espirito aberto, é contar sempre com uma surpresa artística, com um momento encantador. Expoente máximo das Bandas de Música em Portugal, para quem aprecia este tipo de agrupamentos e ouve com frequência  o nosso universo, desde filarmónico ao profissional, surge, na minha modesta opinião, como "obra perfeita". Não é em vão que a BSP enche frequentemente o auditório "Suggia" da Casa da Música e não é por acaso que vence concursos de nível mundial. Por vezes parece que a sorte bateu à porta deste emblema da Música, do Norte, mas, parafraseando José Mourinho "a sorte dá muito trabalho..". Trata-se de um grupo que atingiu altíssimo nível sob a batuta do líder Francisco Ferreira e de Pedro Silva, presidente. E como todos sabemos um grupo é sempre a imagem do líder, ou neste caso, dos líderes.   Bem orientada, a todos os níveis, a Banda Sinfonica Portuguesacontinua - cada vez mais - a granjear o respeito e a admiração dos portugueses. Neste concerto do dia 2 de Dezembro, Alfred Reed, Luís Cardoso: 4 Canções sobre Pessoa, para coro juvenil e banda (Estreia mundial), Kris Roemers e Bert Appermont foram os compositores eleitos a quem os músicos dirigidos por Francisco Ferreira deram vida e alma e tornaram o dia do concerto para as mil e duzentas pessoas no auditório, num dia maravilhoso. Já é tempo da Banda Sinfónica Portuguesa ser notada, apoiada e oficializada pela Secretaria de Estado da cultura, pelo serviço público que presta, pelos altos padrões de qualidade artística que constantemente desenvolve e pelo exemplo de BAIXOS CUSTOS que significa para o País em termos musicais. Será que é necessário melhor altura para confirmar que “fazer muito mais e melhor (música) com muito menos dinheiro” é o que ocorre desde há oito anos com a Banda Sinfónica Portuguesa?.. Mário Cardoso