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A Banda Velha União Sanjoanense efectuou recentemente mais uma viagem a Erstein, Vila Francesa dos arredores de Strasbourg, uma viagem que vem no seguimento das excelentes relações que esta banda tem mantido e os laços fortes de amizade que se têm criado tanto a nível musical, a nível dos habitantes das duas localidades e em termos de órgãos oficiais, como demonstra a recente (2004) geminação entre S. João de Loure e Erstein. Esta viagem reveste-se de um significado especial pois, passado pouco mais de um ano a banda é convidada a estar presente no Festival do Açúcar 2005, pela mesma organização que a havia convidado, pela primeira vez em 2000, mas desta vez com um estatuto diferente, devido a tudo o que se passou ao longo destes cinco anos. O Maestro Arnaldo Costa, que em breve teremos o prazer de entrevistar dado o carácter excepcional do trabalho que tem efectuado na condução artística da Banda, elaborou um “diário de bordo” desta aventura da Banda Velha União Sanjoanense, reportagem que, muito em breve, teremos oportunidade de publicar neste portal. Por ora, e para aguçar o interesse dos nossos visitantes, importa dar desde já à estampa um interessantíssimo artigo, publicado em França, a propósito da deslocação da Banda e suas prestações. “Cinco anos após o memorável concerto “à Erstein” no âmbito "Noites Musicais" de Estrasburgo, a Banda Velha União Sanjoanense, regressa à Alsácia, ao "Pavillon Joséphine" com um concerto em «fanfarra». O Pavilhão Joséphine vibrou Sexta-feira à noite com a batuta "mágica" do maestro Arnaldo Moreira Costa e os seus músicos. Após uma abertura fulgurante com as notas do passo doble "Vila Franca" de Jorge Salgueiro, os artistas portugueses coloriram o recital com uma obra clássica de Giacomo Rossini, a abertura da ópera "Guilherme Tell", e a sequência de "Contrasto Grosso" de Jacob de Haan. Conhecida pelo eclectismo do seu repertório, a Banda Velha União Sanjoanense reservou a segunda parte do seu concerto a criações diametralmente opostas: dois medleys assinados por Randy Beck e Wim Laseroms, e uma rapsódia de temas populares composta por Alberto Madudeira. Mais de cinquenta músicos, de todas as idades, trabalham em perfeita harmonia, dando um colorido especial com os arranjos excepcionais de Fernando Costa. Longamente aplaudidos pelos numerosos espectadores, que preencheram a sala, os artistas portugueses, uma vez mais, conquistaram o público por uma brilhante prestação. Criada em 1826, a Banda de São João de Loure, actualmente Banda Velha União Sanjoanense, é um dos conjuntos lusitanos mais antigos. O seu registo inicial, limitado à música religiosa, evoluiu para estilos musicais diversos.”