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Uma pesquisa realizada na Universidade de Heidelberg, na Alemanha, revelou que os músicos profissionais possuem uma maior quantidade de massa cinzenta na região do cérebro, o que poderá explicar a capacidade de aprendizagem e execução musical demonstradas por muitos. Os neurologistas envolvidos neste trabalho reproduziram uma série de tons em diferentes frequências que foram ouvidos por várias pessoas, onde estavam incluídos músicos profissionais, músicos amadores e pessoas sem qualquer formação musical. No decorrer do processo os neurologistas deram especial atenção à região localizada no córtex auditivo responsável pela resposta aos estímulos sonoros, monitorizando as respostas cerebrais. O resultado destas análises revelaram que os músicos profissionais demonstram uma maior capacidade de resposta aos sons quando comparados com os que não são músicos. Já os músicos amadores apresentavam uma capacidade de resposta intermediária em relação aos dois primeiros grupos. Utilizando tecnologias de imagem, os neurologistas mediram a região estudada, tendo descoberto que a sua dimensão era superior nos músicos profissionais, que possuíam 130 por cento mais matéria cinzenta nesta região do cérebro, o que os torna mais sensíveis à música. De acordo com o líder da pesquisa, Peter Schneider, em comentário à BBC, "a quantidade deste tipo de células cerebrais que cada um de nós tem é determinado à nascença, pelo que deve existir uma forte componente hereditária". Na opinião de Scheneider, a capacidade dos grandes músicos pode estar relacionada com o meio musical dentro do qual muitos estavam inseridos na infância, ou então com a sua descendência genética.