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Das bandas que se apresentarão ao público na II Edição do Filarmonia ao mais alto nível, uma das que mais expectativa tem gerado é a Banda de Música da Cidade de Espinho. Não é para menos. O seu fantástico crescimento recente – indissociável do trabalho directivo realizado mas, sobretudo, do seu jovem maestro, Hélder Tavares – teve o condão de despertar a curiosidade e interesse daqueles que acompanham de perto o fenómeno bandístico e de mostrar, uma vez mais, que as distâncias entre as bandas ainda há pouco tempo consideradas “de topo” e as restantes é cada vez menor. Esta banda está ainda na ribalta pela sua prestação no 2º Concurso de Bandas de Aveiro, tão aclamada pela generalidade do público que a sua classificação e apreciação do Júri, tão desfasada da percepção da maioria, foi comentada, no meio, com total estranheza, tendo mesmo levantado grande polémica. Ver como se encontra a Banda, como reagiu àquela adversidade e se continuou a “crescer” ao ritmo a que o vinha fazendo mais recentemente é a ainda um motivo de interesse acrescido para quem irá apreciar a sua prestação no próximo dia 17. A Banda de Música da Cidade de Espinho é constituída, actualmente por 62 músicos, e possui uma Escola de Música que garantirá a continuidade e futuro desta centenária instituição. Além da Banda, a Associação agrega uma Orquestra Ligeira, que interpretam desde temas mais ligeiros a temas de Glenn Miller e Benny Goodman. Dos seus projectos actuais contam-se a apresentação do seu novo CD, que acontecerá no início deste ano. Ainda em 2008 a banda vai participar no concurso de Vila Franca, para além dos vários concertos programados (um deles em Espanha) e a participação em romarias por todo o País. Irá também participar no Festival Hispano-Luso de Bandas de Música e Ensembles de Viento, a realizar em Zamora, em Julho deste ano, à semelhança do que aconteceu em 2006. Alguns dados históricos: Fundada em 1839 no lugar da Vergada, freguesia de Argoncilhe, por Joaquim Alves Sousa Neves. Inicialmente a banda era conhecida pela “Banda do Soqueiro” devido à actividade industrial do seu fundador. Ao longo dos anos de actividade e de diferentes localizações até à chegada Espinho onde hoje está sediada embora ainda sem um espaço físico. É de destacar, dos poucos registos chegados até hoje, a participação na inauguração da ponte D. Maria Pia, Porto assim como para a visita real a Espinho em 1908 de D. Manuel II, para comemorar a chegada do primeiro comboio a vapor que passou na linha do vale do Vouga. No ano de 1927 e com o convite para participar nas famosas festas em honra de S. Sebastião dos Olivais – Lisboa, o nível da banda subiu consideravelmente conseguindo com isso granjear grande projecção surgindo cada vez mais convites para actuações em eventos importantes tanto em Portugal como além fronteiras em concertos e romarias. Na história recente da banda duas pessoas são indissociáveis da sua sobrevivência numa primeira etapa e consequentemente a sua consolidação artística; são eles João Gomes da Rocha Sá que este ano comemora 75 anos como executante da banda e Guilherme Faria Fernandes da Silva, grande benemérito e executante de excepcional categoria a quem esta Banda muito deve e cuja acção de mecenato ficarão indelevelmente marcados na história da Banda de Música da Cidade de Espinho, inclusive, da sua sobrevivência actual. Ao longo da sua história, com períodos mais ou menos longos, dirigiram a Banda de Espinho os maestros Joaquim Neves, Ilídio Neves, Joaquim Teixeira, António Martins, Manuel Gomes, António Gomes, João Baltazar, Daniel Farrapa, Boaventura Moreira, Manuel Pleno, José Gonçalves, Fernando Baptista, Rodolfo Campos e Jaime Rego. O primeiro CD da banda foi gravado em 2001 com um nível excelente e que ainda hoje constitui um trabalho bastante apreciado no mundo filarmónico. No decorrer do ano 2006, organizou conjuntamente com a Junta de Freguesia de Espinho integrado nas comemorações do dia da cidade que decorrem em Junho, o Primeiro Festival Ibérico de Bandas Filarmónicas de Espinho, tendo sido anfitriã de 3 bandas convidadas e onde presenciaram cerca de um milhar de pessoas. Durante o mês de Agosto, deslocou-se a Zamora para participar no “Festival Hispano-Luso de Bandas de Música e Ensembles de Viento”. Também em 2006 participou no Concurso Nacional de Bandas Filarmónicas Cidade de Aveiro, tendo recebido excelentes críticas por parte do público e dos comentadores do Concurso.