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21 de Outubro, 2025

São momentos que impelem as bandas para uma evolução sustentada

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Entrevista ao Maestro e ao Dir. Pedagógico da Orquestra de Sopros da Academia de Arte de Chaves

no âmbito da futura partipação no concurso de Bandas Filarmonia D’Ouro a 22 Nov.14.

  1. Que pensam dos concursos de Bandas?

Estes eventos são revestidos da maior importância não só para a evolução individual das bandas participantes mas também do meio filarmónico como um todo. São momentos que impelem as bandas para uma evolução sustentada, criam um objetivo diferente na preparação da época, aumentam os níveis de motivação dos músicos e comunidade envolvente e, acima de tudo, são uma montra daquilo que cada uma das bandas é capaz de fazer e um passo importante para o crescimento do grupo. Os ganhos da participação num concurso são sempre muito maiores do que meramente a classificação alcançada.

  1. Do seu/vosso ponto de vista que mais valia acrescentam às Bandas?

A maior valia é o facto de congregar toda a gente (incluindo quem vive a banda do lado fora do palco) num objetivo comum e que deixa como consequência a vontade de melhorar, evoluir e tornar melhor a própria banda. Obrigam os Maestros a expandir o âmbito das obras que normalmente escolhem para o reportório da banda, incentivam os músicos a desenvolver as suas competências e a ultrapassar as suas dificuldades, apresentam ao público uma maior variedade naquilo que deve ser a função da banda e, acima de tudo, deixa um estado de exigência entre todos que beneficia a evolução das bandas e do meio filarmónico.

  1. O que vos motivou a participar no concurso Filarmonia D’Ouro, no Europarque a 22 de Novembro?

A Orquestra de Sopros da AAC tem tido como estratégia pedagógica, desde 2010, a participação em Concursos, quer académicos quer filarmónicos, porque entendemos que é uma das ferramentas mais importantes na evolução dos nossos alunos e, consequentemente, na evolução da Orquestra de Sopros. A verdade é que estes momentos os aproximam daquilo que é a “vida real” num meio tão competitivo como é o meio musical, levando-os a superarem-se e a colocar à avaliação de um júri o trabalho que têm vindo a realizar. Posto isto, logo que soubemos da existência de um Concurso na região norte, a ser realizado numa sala que a nós também nos diz muito e com um júri que dispensa apresentações, tornou-se óbvio que iriamos aproveitar a oportunidade de iniciar o ano letivo em “alta rotação” para nos prepararmos para o Filarmonia d’Ouro.

  1. Que objetivos tem definidos para evento?

Os nossos objetivos prendem-se com dar mais um passo naquilo que tem sido a nossa caminhada de há 6 anos para cá. Sairmos da sala melhores do que quando iniciamos a nossa preparação para o concurso. Deixar uma imagem real daquilo que este grupo significa para nós e do potencial que apresenta.

  1. Que esperam em termos de classificação?

O resposta politicamente correta a esta pergunta seria dizer que o mais importante é o trabalho e que a classificação não é relevante, o que em parte é verdade. Mas não querendo passar uma imagem de prepotência, a preparação que fazemos para um concurso é sempre no sentido de que se o júri considerar que fomos os melhores, isso não nos envergonhe. O objetivo (que penso que será o de todos as bandas) é sermos os melhores na nossa categoria. Só assim faz sentido a preparação. Sendo uma competição, é claro que esperamos fazer tudo ao nosso alcance para sermos os melhores. Agora também temos em conta que as outras bandas apresentam muita qualidade e que terão os mesmos objetivos que nós. Num Concurso estamos também dependentes do momento da prova e que pequenos erros, desconcentrações ou outro tipo de fatores não são passiveis de segunda oportunidade. Penso que vai ser uma categoria com muita qualidade apresentada.

  1. Concordam com o sistema de classificação que foi instituído?

Plenamente. Penso que desta forma serão reduzidas algumas subjetividades na avaliação das provas e será mais clara a avaliação realizada pelo júri, ajudando também as bandas a perceber onde e como terão que melhorar.

  1. Que opinião tem quanto à competência artística dos elementos que compõe o Júri, incluindo o presidente e diretor do concurso Maestro Paulo Martins?

Penso que o júri dispensa qualquer tipo de avaliação ou opinião. É uma mistura de grandes nomes internacionais da música para sopros com personalidades incontornáveis e de mérito mais que reconhecido do meio musical português.

  1. Caso a classificação da Banda fique aquém da expectativa como irão reagir?

Iremos reagir da mesma maneira que temos reagido, cumpramos as expectativas ou não. Iremos analisar o que de melhor e de pior aconteceu, aprender com os erros, trabalhar de forma a ultrapassa-los e continuar a trabalhar para no próximo a Orquestra de Sopros da AAC se apresentar melhor e com mais qualidade.

  1. Se atingirem os vossos objetivos em que medida isso beneficiará a Banda?

Para além de, como já referi, termos dado mais um passo no nosso caminho, o grande benefício que daí retiraremos é o reconhecimento do nosso trabalho. E, na música, esse é um objetivo que todos percorremos todos os dias. Ser reconhecidos significa que o nosso trabalho tem qualidade. E qualidade sem reconhecimento não é a mesma coisa.

  1. Já alguma vez participaram em algum concurso? Se sim quando e em que concurso?

Como já foi referido, a participação em concursos tem sido uma aposta regular para o trabalho desenvolvido na Orquestra de Sopros da AAC. Estivemos presentes nas últimas 3 edições do Concurso de Bandas “Ateneu Vilafranquense” (2010, 2012 e 2014) com a formação sinfónica, nas últimas 2 edições da Mostra Musical do Eixo Atlântico (2012 e 2014) com a formação de “ensemble” e, em Julho deste ano estivemos presentes no concurso do Festival “Diffwinds 2014” no Luxemburgo, com a formação sinfónica.

  1. Conhecem a APB (Academia Portuguesa de Banda) organizadora deste Concurso?

Sim, tenho o prazer e orgulho de pertencer à 1ª turma da APB desde a sua fundação.

 Ensemble de Sopros da AAC

 Responderam a esta entrevista

Maestro Luciano Pereira

Dir. Pedagógico  Marcelo Almeida