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No final do concerto solidário pela Banda da Covilhã no âmbito das comemorações do centenário da Casa do Menino Jesus da Covilhã (CMJ), a presidente da Direção, Guida Dias teve o seguinte comentário: – de coração cheio, foi espetacular!

O grande auditório da Faculdade de Ciências da Universidade da Beira Interior teve lotação esgotada para assistir e participar no concerto solidário no passado sábado, dia 27 de Outubro. No palco, a jovem Banda da Covilhã sob a direção musical do maestro Carlos Almeida. Como decoração um “arranjo” não de flores mas com as mãos pintadas de todas as crianças que estão na CMJ. A noite estava fria, mas a música e o motivo encheram o coração de todos. Momento alto, foi a participação de um grupo de meninas da casa que dançaram uma das obras.

Quanto ao programa, a banda apresentou um programa eclético, diversificado, exemplo que de que as bandas filarmónicas são uma das formações musicais mais versáteis no mundo da música. O concerto começou com a obra ciclos e mitos de Nuno Osório, acompanhada de um vídeo que percorreu os 100 anos de história da Casa do Menino Jesus da autoria de Ana Simões. Seguiu-se o concerto de Aranjuez com solo de fliscorne com Óscar Lucas, uma rapsódia de temas da beira baixa, fado rua do capelão com Isabel Bicho, bandas sonoras a máscara de zorro e o último dos moicanos; a parte final foi preenchida com os seguintes temas: the blues factory, latin pop special e terminou com cuban sound. O maestro voltou duas vezes a palco para dois encores.

Um concerto que foi preparado afincadamente por todos, vivido com muita intensidade, em particular pelos residentes da CMJ, que se sentiram mais preenchidos e realizados, e em que a música foi amor, carinho e paz.

O concerto contou com o apoio da Universidade da Beira Interior, Câmara Municipal da Covilhã, União de Freguesias de Covilhã e Canhoso e todos os intervenientes.

A CASA DO MENIO JESUS DA COVILHÃ
A Casa do Menino Jesus foi fundada na Covilhã após o fim da Iª Guerra Mundial. A motivação para a sua criação surgiu com a necessidade de acolher e apoiar as crianças órfãs vítimas da guerra, na sua maioria filhos de combatentes.

Atualmente, a Casa do Menino Jesus gere três valências diferentes: o Lar de Infância e Juventude (LIJ), que dispõe de trinta e dois lugares para crianças e jovens, dos zero aos vinte e um anos, em regime de residência permanente; a Creche e o Jardim-de-Infância, com capacidade para noventa crianças.

Esta Instituição Pública de Solidariedade Social tem contratos de cooperação com os Ministérios do Trabalho, da Educação e da Segurança- Social mas conta, desde a sua fundação, com a boa vontade e generosidade de todos aqueles que de forma espontânea e genuína fazem chegar o seu apoio à Casa do Menino Jesus.

Eduardo Cavaco